Saiba mais sobre a geografia da América Latina

A América Latina localiza-se totalmente no hemisfério oeste (ocidente), sendo atravessada pelo Trópico de Câncer, que corta a parte central do México; pela Linha do...

Independência do Brasil

Descubra a verdadeira história da independência da nossa amada pátria.

Guerra do Paraguai (1864-1870)

Conheça mais sobre o sangrento conflito que envolveu a América Latina. Em termos internacionais, a Guerra do Paraguai perde em questão de número de países envolvidos e de mortes apenas para as Guerras Mundiais.

Guerra do Pacífico (século XIX)

A Guerra do Pacífico refere-se ao teatro de guerra do Pacífico (incluindo as ilhas, o Sudeste e o Sudoeste da Ásia) na Segunda Guerra Mundial, a Segunda Guerra Sino-Japonesa (na qual se insere o conflito sovieto-japonês de 1945).

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Independência do Suriname

        Suriname, país ao norte da América do Sul, era habitado por índios aruaques, tupis e caraíbas até a chegada dos espanhóis no século XVI e depois houve a ocupação pelos ingleses em meados do século XVII. 
         No ano de 1667 a Inglaterra cedeu o território à Holanda que realizava o plantio de cana-de-açúcar e, mais tarde café, onde utilizavam a mão de obra escrava, a qual teve que ser substituída em 1863 devido ao fim da escravidão. Com isso a mão de obra passou a ser de imigrantes indianos, indonésios e chineses. Houve muitos conflitos entre as diversas etnias. 
         Em 1975, o país se tornou independente quando trocou o nome de Guiana Holandesa para Suriname. Cinco anos depois, entretanto, o governo civil foi substituído por um regime militar que declarou o país como a República Socialista, onde os militares criaram uma ferramenta de nomeação de governos que se sucederam no controle do país até 1987, quando a pressão internacional finalmente forçou uma eleição democrática. 
     Três anos depois, em 1990, sob o comando do General Desi Bourtese, novamente os militares derrubaram o governo civil. Desta vez, contudo, o domínio durou apenas um ano, até 1991.

Independência de Cuba



         Os primeiros movimentos visando a libertação de Cuba ocorreram no século XVIII, porém ganharam intensidade no século seguinte devido as diversas lutas de independência que estavam ocorrendo em outros países da região. 
      Várias guerras com a tática de guerrilhas aconteceram no território Cubano, entretanto o exército espanhol conseguia reprimir qualquer forma de rebelião que acontecesse. Essas guerras de independência tinham o apoio dos EUA, os quais queriam mostrar sua influência sobre o continente americano, e também por outras nações já independentes. 
      Os inúmeros fracassos ao tentar tornar o país independente fizeram com que os EUA intervissem militarmente contra o exército espanhol. Uma das consequências dessa intervenção foi a transferência do controle de Cuba para os Estados Unidos através do Tratado de Paris em 1898. 
       Cuba conseguiu sua independência através da força militar, mas passou a ser governado de acordo com os interesses norte americano.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Guerra do Pacífico


        A Guerra do Pacífico foi um conflito ocorrido entre 1879 e 1883, confrontando o Chile às forças conjuntas da Bolívia e do Peru. Ao final da guerra, o Chile anexou ricas áreas em recursos naturais de ambos os países derrotados. O Peru perdeu a província de Tarapacá e a Bolívia teve de ceder a província de Antofagasta, ficando sem saída soberana para o mar, o que se tornou uma área de fricção na América do Sul, chegando até os dias atuais, e que é para a Bolívia uma questão nacional (a recuperação do acesso ao oceano Pacífico consta como um objetivo nacional boliviano em sua atual constituição). 
       O cenário era amplamente desfavorável para as forças aliadas: a Bolívia, depois de uma série de governos transitórios, estava claramente despreparada, além de lhe carecer uma marinha de guerra; o Peru se via diante dum colapso econômico que deixara sua marinha e exército também despreparados. A maioria dos navios de guerra peruanos estava velha e precisando de reparos urgentes. Os únicos encouraçados disponíveis eram o Huáscar e o Independencia. O Chile, ao contrário, dispunha de uma marinha de guerra moderna e de forças de combate preparadas para o conflito. Numa guerra que se desenrolava em pleno deserto, o controle do mar seria importantíssimo. A Batalha de Topáter, ocorrida em 23 de março de 1879, foi a primeira contenda da guerra. 554 soldados chilenos mais a cavalaria marcharam rumo a Calama, encontrando a resistência boliviana, composta de 135 soldados e civis residentes na área, liderados por Ladislao Cabrera, entrincheirados em pontes destruídas. Pedidos de rendição não surtiram efeito, e a batalha teve início. Parte dos bolivianos bateu em retirada, exceto por alguns civis, que liderados pelo coronel Eduardo Avaroa, lutaram até o fim. Demais batalhas em solo só ocorreram depois que o conflito no mar se resolveu. 

Termos de paz:
         Sob os termos do Tratado de Ancón, o Chile ocupou as províncias de Tacna e Arica por dez anos, onde depois do tempo estipulado seria realizado um plebiscito que decidiria a nacionalidade da região. Os dois países nunca concordaram com os termos do plebiscito. Finalmente, em 1929, sob o intermédio do presidente estadunidense Herbert Hoover, um acordo foi feito no qual o Chile ficou com Arica; O Peru readquiriu Tacna e recebeu $6 milhões em indenizações. 
         Em 1884, a Bolívia assinou uma trégua que deu total controle da costa pacífica ao Chile, com suas valiosas reservas de cobre e nitratos. Um tratado de 1904 tornou este arranjo permanente. Em retorno, o Chile concordou em construir uma ferrovia ligando La Paz, capital boliviana, ao porto de Arica, garantindo liberdade de trânsito ao comércio boliviano pelos portos chilenos. 

Consequências de longo prazo: 
       A Guerra do Pacífico deixou cicatrizes traumáticas nas sociedades boliviana e peruana. Para os bolivianos, a perda de um acesso soberano ao oceano Pacífico ainda é um assunto delicado, evidente durante os tumultos internos de 2004 acerca da nacionalização das reservas de gás e na eleição de Evo Morales para a presidência da república em 2005. 
          Muitos dos problemas do país ainda são atribuídos à falta de um acesso ao mar. Em 1932, este foi um fator determinante para a Guerra do Chaco, contra o Paraguai, sobre territórios que davam acesso ao rio Paraguai e, por conseqüência, ao oceano Atlântico. Nas últimas décadas, todos os presidentes bolivianos têm feito de plataforma política pressionar o Chile por um acesso soberano ao mar. Este acesso inclusive consta como objetivo nacional da Bolívia em sua constituição, tornado-se numa área de fricção da América do Sul. Em 1976, o Chile fez uma proposta para a Bolívia cedendo-lhe um acesso ao oceano Pacífico em troca de uma área boliviana de 5.000 km² próximo à lagoa Colorada que forneceria água em abundância para a indústrias de cobre chilena. Porém, o Peru interveio nas negociações e o acordo não deu certo. O principal jornal boliviano, El Diario , ainda dedica uma nota editorial por semana ao assunto. Na atualidade, o presidente Evo Morales pretende retomar as negociações com o Chile pela via diplomática.
        Os peruanos desenvolveram um culto aos heróicos defensores da pátria, como o almirante Miguel Grau, o coronel Francisco Bolognesi, ambos mortos em batalha, e o general Andrés Cáceres, que se tornou um figura política de destaque, depois de encerrado o conflito. A derrota engendrou uma forte vontade de vingança entre as classes dominantes, levando ao fortalecimento das forças armadas durante todo o século XX. 
         O Chile se deu melhor, anexando um lucrativo território com imensas reservas de cobre e nitratos. Mas a vitória também deixou um gosto amargo. Durante a guerra, o Chile desistiu de suas reivindicações sobre a Patagônia para assegurar a neutralidade da Argentina. Muitos vêem nisso uma grande perda de território. Após a guerra, o controle britânico sobre a economia do país cresceu, aumentando a interferência do Reino Unido na política chilena. Os lucros dos nitratos duraram apenas algumas décadas e caíram significativamente depois da Primeira Guerra Mundial. Atualmente, a região ainda é rica em cobre e seus portos movimentam cargas de vários países da região.

Guerra do Paraguai


        A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição do ditador Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata. Ele iniciou o confronto com a criação de inúmeros obstáculos impostos às embarcações brasileiras que se dirigiam a Mato Grosso através da capital paraguaia. 
        Visando a província de Mato Grosso, o ditador paraguaio aproveitou-se da fraca defesa brasileira naquela região para invadi-la e conquistá-la. Fez isso sem grandes dificuldades e, após esta batalha, sentiu-se motivado a dar continuidade à expansão do Paraguai através do território que pertencia ao Brasil. Seu próximo alvo foi o Rio Grande do Sul, mas, para atingi-lo, necessitava passar pela Argentina. Então, invadiu e tomou Corrientes, província Argentina que, naquela época, era governada por Mitre. 
         Decididos a não mais serem ameaçados e dominados pelo ditador Solano Lopes, Argentina, Brasil e Uruguai uniram suas forças em 1° de maio de 1865 através de um acordo conhecido como a Tríplice Aliança. A partir daí, os três países lutaram juntos para deterem o Paraguai, que foi vencido na batalha naval de Riachuelo e também na luta de Uruguaiana. 
         Esta guerra durou seis anos; contudo, já no terceiro ano, o Brasil via-se em grandes dificuldades com a organização de sua tropa, pois além do inimigo, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes. Diante deste quadro, Caxias foi chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias vitórias até chegar em Assunção no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo Conde D`Eu (genro de D. Pedro II). Por fim, no ano de 1870, a guerra chega ao seu final com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora. 
      A Inglaterra financiou a guerra, pois o Paraguai, antes da guerra, era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações européias. Para a Inglaterra, isto era um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes, economicamente, do império inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da Tríplice Aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. 
        

Algumas consequências:
  • A indústria paraguaia ficou arrasada após a guerra. O Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento industrial e econômico, pelo contrário, passa até hoje por dificuldades políticas e econômicas. 
  • Cerca de 70% da população paraguaia morreu durante o conflito, sendo que a maioria dos mortos eram homens. 
  • Embora tenha saído vitorioso, o Brasil também teve grandes prejuízos financeiros com o conflito. Os elevados gastos da guerra foram custeados com empréstimos estrangeiros, fazendo com que aumentasse a dívida externa brasileira e a dependência de países ricos como, por exemplo, da Inglaterra.
  • Com a guerra, o exército brasileiro ficou fortalecido no aspecto bélico, pois ganhou experiência e passou por um processo de modernização. Houve também um importante fortalecimento institucional. Do ponto de vista político, o exército também saiu fortalecido e passou a ser uma importante força no cenário político nacional.

Independência do Equador


        O território do atual Equador primeiramente foi dominado pelo império Inca, posteriormente, com a chegada dos espanhóis, o poder foi mudando de mãos para as grandes famílias espanholas. Desde o século o final do século XV até o final do século XVIII não houve lutas significativas para a independência da região. Entretanto em 1808 a Espanha estava sob controle de Napoleão Bonaparte, o qual colocou seu irmão no poder desse reino. Com isso, muitas regiões da América Latina iniciaram suas revoltas e guerras por independência. 
     Ocorreram várias tentativas de vencer o exército espanhol e então em 1822 (mesmo ano de independência do Brasil), o general Antônio José de Sulcre, enviado por Símon Bolívar, conseguiu vencer as tropas da metrópole e se separar da Espanha. Contudo o país passou a integrar a Federação Grã- Colômbia, juntamente com a Colômbia, Venezuela, Equador e Panamá que é comandada por Símon Bolívar, o qual tem o sonho de formar um único Estado na América Latina (diferente do que se vê hoje em dia: varias nações independentes.) 
      Após essa primeira fase de independência, em maio de 1830 o Equador torna-se completamente independente e estabelece as suas fronteiras atuais.

Independência da Venezuela


        Acredita-se que o que, hoje, conhecemos como território venezuelano, já era habitado por indígenas há aproximadamente 12.000 anos. Os grupos indígenas mais importantes daquela época se chamavam: chibchas, arawakos, caribes e guajiros. Na sua terceira viagem para a América, Cristóvão Colombo, em 1498, chegou à bacia do rio Orinoco. Quando saiu da Espanha em maio de 1499, Alonso de Ojeda realizou a primeira expedição que percorreu o país, e, ao chegar, ficou impressionado com o fato dos índios construírem suas casas sobre estacas como em Veneza, daí o nome que batizou o país (pequena Veneza). A partir de 1515 ocorreu a colonização espanhola. 
        A independência da Venezuela foi declarada pelo congresso nacional no dia 5 de julho de 1811, mas levou alguns anos até que, após muitas batalhas entre os exércitos patriotas e os realistas, e com grande participação do comandante patriota Simón Bolívar e Francisco de Miranda, aquele país tornou-se completamente independente. Entre 1910 e 1930, a Venezuela passa a fazer parte da Gran Colômbia, território que também englobava a Colômbia, Equador, Panamá. A separação venezuelana foi dirigida pelo general José Antonio Paez, que já havia combatido sob as ordens de Bolívar. Paez foi o primeiro presidente do novo estado venezuelano e governou até 1863. A Venezuela passou por uma guerra travada entre conservadores e liberais entre 1859 e 1863. Este conflito, chamado de Guerra Federal, foi vencido pelos liberais sob o comando de Antonio Guzmán Blanco, que governou o país até 1888, época em que aquele país passou por um período de modernização. Depois deste período, ocorreram algumas ditaduras. Cipriano Castro governou entre 1899 e 1908, quando o poder foi tomado por Juan Vicente Gómez, que governou pelos 27 anos que se seguiram. 
        O regime autoritário de Marcos Pérez Jímenez chega ao fim, em janeiro de 1958. O poder foi tomado por uma junta militar liderada por um militar chamado Wolfgang Larrazábal. A partir deste instante, inicia-se o período democrático na Venezuela. O primeiro presidente é Rômulo Betancourt, cujo governo acontece entre 1959 a 1964 e, depois dele há uma série de outros presidentes até chegarmos ao atual: Hugo Rafael Cháves Frias, político e militar venezuelano. Cháves é o 53º presidente daquele país.

Independência do Brasil


          Com a chegada da Família Real ao Brasil, começa a se delinear uma nova condição econômica, pois, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixava de ser colônia, atendendo assim aos interesses da elite agrária brasileira. Apesar de ainda ser um momento inicial da história, esse episódio, que marca a política de D. João VI no Brasil, é considerada a primeira medida formal em direção à independência. 
         É claro que os aristocratas portugueses não gostaram nada dessa situação, pois perdiam cada vez mais espaço no cenário político, assim, passam a alimentar um movimento de mudanças que culminou em uma revolução constitucionalista em Portugal. 
      A Revolução Liberal do Porto foi outro movimento marcante da época que tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil novamente à condição de colônia. 
     Decorrente desse movimento os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia Nacional que ganhou o nome de “Cortes” que tem como protagonistas as principais figuras políticas lusitanas exigindo que o rei Dom João VI retornasse à terra natal para e legitimasse as transformações políticas em andamento. 
          Temendo perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil. 
         Durante um tempo, D.Pedro seguiu ordens da corte portuguesa, mas acabou percebendo que as leis vindas de Portugal pretendiam transformar o Brasil novamente em uma simples colônia. Então pouco depois que assumiu, Dom Pedro I passou a tomar medidas em favor da população e começou a ganhar prestígio. Suas primeiras medidas foram baixar os impostos e equipar as autoridades militares nacionais às lusitanas. Inicia-se um dos momentos mais conturbados desse período, pois essas ações desagradaram muito as Cortes de Portugal que exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. No Brasil, os defensores da independência iniciaram uma campanha pedindo que o príncipe regente permanecesse em nossa terra. 
           A pressão portuguesa despertou a elite econômica brasileira para o risco que de um novo domínio e o retorno ao estado de colônia. Assim, os grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I e incentivá-lo a ser líder da independência brasileira. No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram seu auge, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado solicitando a permanência e Dom Pedro no Brasil. 
         Neste contexto e atendendo a demonstração de apoio, no dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu um abaixo-assinado pedindo-lhe que ficasse. Ele atendeu ao desejo do povo declarando: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação diga ao povo que fico". Dom Pedro I reafirmou sua permanência no cenário político brasileiro e atendeu aos interesses dos ricos fazendeiros brasileiros e esse dia passou a ser conhecido em nossa história como o Dia do Fico. 
         Dom Pedro I logo teve a iniciativa de incorporar figuras políticas brasileiras que eram a favor da independência aos quadros administrativos de seu governo. Ele também decretou que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia. 
           Foi justamente essa medida que tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável e, em uma última tentativa, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida. 
           Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I fez uma declaração oficial afirmando assim seu acordo com os brasileiros. Declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo. 
          Nos meses seguintes, os brasileiros venceram facilmente o ataque das tropas portuguesas, com apoio inglês. Em pouco tempo, vários países da América, que já haviam se libertado do domínio europeu, apoiaram oficialmente nossa independência. 
         D.Pedro tornou-se o primeiro imperador do Brasil, com o título de D.Pedro I. O Brasil passou a ser uma monarquia, uma forma de governo em que os poderes são exercidos pelo imperador ou rei. 



  • Um dos primeiros a reconhecer o Brasil como uma nação foram os Estados Unidos. O reconhecimento de Portugal só veio em 1825, em troca de uma indenização de 2 milhões de libras.

Independência do Peru


        Peru torna-se independente Em 1821, depois da invasão francesa da metrópole, em 1808, o Peru manteve-se fiel à monarquia espanhola. A revolução de 1810 em Buenos Aires levou à ocupação das ricas regiões minerais do Alto Peru por parte de forças espanholas procedentes de Lima. As expedições enviadas por Buenos Aires fracassaram repetidamente em sua tentativa de desalojar os monarquistas. O general José de San Martín decidiu então atacar o Chile, que foi libertado em 1818, e ali preparou uma frota que desembarcou em pisco, ao sul de Lima, em setembro de 1820. Em julho do ano seguinte tomou Lima, enquanto as tropas monarquistas se fortaleciam no interior. 
        As forças de San Martín eram insuficientes até mesmo para manter a posse da capital e, em julho de 19822, o general argentino viu-se obrigado a pedir ajuda a Simón Bolivar, que acabava de libertar definitivamente o vice-reino de Nova Granada. Após o encontro dos dois generais em Guayaquil, San Martín regressou à Argentina e bolívar, chamado pelo Congresso peruano, atacou o país. Em dezembro de 1822 proclamou-se a República do Peru e, após as batalhas de Junín e Ayacucho em 1824, as tropas foram obrigadas a capitular.

Independência do Chile


        O navegador português Fernão de Magalhães, a serviço do rei da Espanha, foi o primeiro europeu a visitar o país que, hoje, conhecemos como Chile. Magalhães desembarcou na ilha de Chiloé, em 1520. Pedro de Valdivia, enviado por Carlos V, estabeleceu várias colônias, entre elas Santiago de la Nueva Extremadura (1541), Concepción (1550) e Valdivia (1552). Os mapuches (maior tribo indígena do Chile) resistiram bravamente à colonização espanhola, principalmente na região sul, onde, em 1598, na batalha de Curalaba, venceram e mataram Pedro de Valdivia e a muitos dos seus companheiros. Esta vitória indígena levou à destruição de cidades sulinas como Valdivia e Osorno. Da mesma forma que em toda a América católica, a igreja, em colaboração com o poder real, teve um importante papel na organização da sociedade colonial. As ordens religiosas criaram igrejas e escolas, além disso, os jesuítas tiveram atividades empresariais, como fazendas administradas de forma eficiente. No período colonial, a economia do Chile não se desenvolveu muito, graças a pouca população e às travas que o império espanhol impôs. A Espanha não alavancou a indústria de manufaturados no Chile a fim de comercializar produtos europeus. Assim, as principais atividades foram relacionadas ao gado e seus derivados, produção de couros e de sebo, e lavouras, como por exemplo a de trigo. Ao Chile só foi permitido cunhar sua própria moeda no final do século XVIII. 
        Entre 1810 e 1818 a colônia, então chamada de Reino do Chile, separou-se da Espanha e formou um governo independente. Ao fazê-lo, o Chile formou parte de um processo que abarcou quase a totalidade das colônias espanholas na América (só Cuba e Porto Rico permaneceram no império). Na maior parte dos casos, a separação das colônias se deu através de luta armada. O movimento da independência do Chile, liderado por Bernardo O’higgins, ocorreu no dia 12 de fevereiro de 1818. A partir de 1831, o Chile passou por uma etapa de relativa estabilidade na sua vida política, situação diferente dos outros países latino-americanos. Isto aconteceu devido ao êxito da política exterior deste período, no qual o Chile ganhou duas guerras. A primeira foi a guerra contra a federação formada por Peru e Bolívia (1837-1839) que, embora não tenha propiciado conquistas de territórios, deu ao Chile o controle do comércio no Pacífico sul. A segunda guerra foi a do Pacífico (1879-1883), que foi também contra o Peru e a Bolívia, desta vez como países separados e deu ao Chile a conquista da região mineira do norte, fator crucial para seu desenvolvimento. O Chile passou por uma guerra civil (1891) que durou nove meses e deixou 10.000 mortos. Depois de 1891, começou a era do salitre que representava, naquela época, mais de 80% das exportações. 
        Após o parlamentarismo (1891-1925), o Chile adotou o presidencialismo, que dura até hoje. Em 1973, houve um golpe militar (financiado pelos EUA) que levou ao poder um ditador chamado Augusto Pinochet Ugarte. Pinochet governou até 1990 e foi responsável pela remoção do único presidente marxista, eleito através do voto direto: Salvador Allende Gossens. Durante este período de ditadura, muita gente foi morta e muitos tiveram de partir para o exílio. Atualmente o Chile tem um governo democrático e uma economia tida como uma das melhores do continente americano.

domingo, 6 de outubro de 2013

Independência do Paraguai


        O Paraguai foi descoberto por Aleixo Garcia e Sebastião Caboto, ambos sob as ordens da Espanha, em 1524. A cidade de Asunción foi fundada por Juan de Salazar y Espinosa sendo consolidada por Juan de Ayolas. Originou-se assim um longo período de colonização que durou até 1811, quando o país alcançou sua independência.
        Quando os espanhóis chegaram ao território do Paraguai Oriental, ou seja, a área entre o rio Paraná a leste e o rio Paraguai a oeste, este era habitado por diversas etnias indígenas que se encontravam em estado de guerra entre elas. Estas etnias pertenciam a três grupos diferentes: os do pampa, os lágidos e os amazônicos. Ainda não se sabe qual destes grupos chegou primeiro ao território. O que se sabe é que até o século XV os guaranis conseguiram avançar desde o norte, isto graças à sua superioridade numérica e posse de uma cultura material mais desenvolvida, onde praticavam o cultivo da mandioca, milho e amendoim. A prática de uma agricultura de roça permitia que obtivessem excedentes necessários para manter uma população em contínuo crescimento demográfico, e que necessitava de novos territórios.
        À medida que Buenos Aires tornava-se mais poderosa, os líderes paraguaios insurgiam-se contra o declínio da importância de sua província e, embora também contestassem a autoridade espanhola, recusaram-se a aceitar a declaração de independência da Argentina (1810) como extensiva ao Paraguai. Nem mesmo a intervenção de um exército argentino, comandado pelo general Manuel Belgrano, conseguiu efetivar a incorporação da província.
        Mais tarde, porém, quando o governador espanhol do Paraguai solicitou auxílio português para defender a colônia dos ataques de Buenos Aires, os paraguaios, liderados por Fulgencio Yegros, Pedro Juan Caballero e Vicente Ignácio Iturbide, depuseram o governador Bernardo Velasco e proclamaram a independência do país a 15 de maio de 1811.

Independência do México

                                        
     
         O México foi colonizado pela Espanha com a partir das Grandes Navegações, no século XV. Durante quase três séculos, o território esteve sob o domínio dos espanhóis. Foi somente no início do século XIX que um movimento de emancipação ganhou força e pressionou a metrópole colonizadora por sua liberdade, pois as divergências políticas e religiosas haviam se tornado agudas. 
        A luta pela Independência do México veio à tona na madrugada do dia 16 de setembro de 1810 quando o padre Miguel Hidalgo y Costilla passou a liderar um movimento em defesa do México. Seria apenas o início de um movimento que duraria oito longos anos e passaria por diversas fases e dificuldades até resultar na emancipação mexicana. 
        O processo de Independência do México foi algo heterogênio, pois grupos improváveis. Foi formada uma aliança com defensores da democracia do México, que eram os liberais, e com defensores da implantação de uma monarquia, que eram os conservadores. Esses dois grupos de perspectivas bem diversas uniram-se sob o propósito de tornar o México independente e, depois disso, deixar que ele escolha por si mesmo o próprio destino.
        José Maria Morelos y Pavón foi quem assumiu o movimento após a morte de Miguel Hidalgo. Ele foi responsável por organizar uma estratégia que isolaria a Cidade do México para que fosse promulgada a Independência no dia 6 de novembro de 1813. Porém, em 1815, Morelos seria assassinado e a independência seria invalidada. Foi então que o rumo da Independência do México assumiu características de guerra de guerrilha. Entre 1815 e 1821 destacaram-se Guadalupe Victoria e Vicente Guerrero. Em 1821, Augustín de Iturbide, um espanhol, passaria a defender a causa da independência. O exército da libertação entraria na Cidade do México forçando a renúncia do Vice-rei espanhol e a assinatura do Tratado de Córdoba, no dia 24 de agosto de 1821, que reconhecia o México como nação independente. No entanto, Iturbide se auto-proclamou imperador, o que levou a uma rebelião dos mexicanos. O movimento contra Augustín Iturbide levou à criação dos Estados Unidos Mexicanos, em 1823, consagrando Guadalupe Victoria como primeiro presidente do país no ano seguinte.

Independência da Argentina


           Denomina-se Guerra de Independência da Argentina ou das Províncias Unidas do Rio da Prata ao conjunto de combates e campanhas ocorridos durante as guerras de independência hispano-americanas que ocorreram em diversos países da América do Sul, dos quais participaram as forças militares das Províncias Unidas do Rio da Prata, um Estado que sucedeu ao Vice-Reino do Rio da Prata e que antecedeu a República Argentina. 
     Os grupos que se confrontaram nestes conflitos são conhecidos como patriotas e realistas (monarquistas), já que tratou-se de um confronto entre quem defendia a autodeterminação de sua pátria e aqueles que defendiam a continuidade da dependência da América espanhola do rei da Espanha. Somente uma parte menor destes confrontos se deu no território da Argentina atual. A maior parte ocorreu nos territórios do antigo Vice-Reino do Rio da Praia, e que ao fim da guerra ficaram de fora das Províncias Unidas, ou em outras regiões do continente que nunca pertenceram a esse vice-reino, tal como o Chile, Peru e Equador.  Não obstante, em todos os casos considera-se que os grupos que se enfrentaram lutavam não só pela situação de destes territórios, mas também pela soberania nacional sobre o território que havia pertencido ao Vice-Reino da Prata. Também houve confrontos marítimos, em algumas ocasiões em águas muito distantes do continente americano. 
           A guerra durou quinze anos e terminou com a vitória dos independentistas, que conseguiram consolidar a independência da Argentina, e colaboraram para a independência de outros países da América do Sul. A declaração da independência das então Provincias Unidas na América do Sul foi proclamada em 9 de julho de 1816 mediante um Congresso reunido na cidade de San Miguel de Tucumán, na casa que era propriedade de Francisca Bazán de Laguna, que foi declarada Monumento Histórico Nacional em 1941.
           Em 25 de maio de 1810, a República Argentina iniciou o caminho de unificação, mas foi no ano de 1816 que a nação se libertou. No início deste ano a situação das províncias Unidas era de dificuldade econômica, a instabilidade política, marcada por diversos conflitos internos e a ameaça latente de uma ofensiva espanhola desde o norte do território. Diante desses problemas, os planos de independência dos nacionalistas foram seriamente afetados. Porém, convocaram os deputados das diferentes províncias a um Congresso em Tucumán, que foi a cidade escolhida para a reunião se devido ao sentimento antiportenho da maioria das províncias, que buscavam a todo custo limitar o poder centralizador de Buenos Aires. 
          O Congresso de Tucumán começou suas sessões no dia 24 de março de 1816, onde foram realizadas diversas discussões entre os diferentes representantes, que manifestaram não só os interesses políticos de cada uma das províncias e suas posturas sobre o caminho a ser tomado para o benefício de todas. Os debates se estenderam até 9 de julho de 1816, quando a pedido do deputado jujenho Teodoro Sánchez de Bustamante se discutiu o projeto de Declaração da Independência da Argentina. Nesse dia, o secretário Juan José Paso, representante de Buenos Aires, tomou a palavra e perguntou aos congressistas se queriam “que as Províncias da União fossem uma nação livre e independente dos reis da Espanha e sua metrópole”. Todos os deputados aprovaram por aclamação a proposta e depois cada um ratificou seu voto. Por último, assinaram a Ata da Independência neste mesmo dia. No dia 9 de julho de 1816, as Províncias Unidas na América do Sul declararam formalmente sua independência da coroa espanhola, concluindo um complexo processo revolucionário de seis anos e iniciando outro, também complexo, que levaria a conformação da Nação Argentina. No ano de 1825, estas províncias trocaram sua denominação pela de Províncias Unidas do Rio da Prata. Finalmente, a Constituição de 1826 instaurou o nome de Nação Argentina.

Independência do Haiti


     O Haiti foi o primeiro país latino-americano a se tornar independente da França, por meio da Revolução Haitiana. Denominada de colônia Saint Domingue, o país era o maior produtor de açúcar do mundo e o principal exportador de café para a Europa.
     Com os acontecimentos da Revolução Francesa, membros da elite e escravos vislumbram a oportunidade de dar fim às exigências impostas pelo pacto colonial francês. Em meio a contradições de interesses entre a elite, que buscava maior autonomia política para expansão de seus negócios, e os escravos de origem africana, que queriam a execução dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade provenientes da França revolucionária, o Haiti se preparava para o seu processo de independência.
     Sua população era constituída de cerca de 500 mil habitantes: 35 mil brancos, 30 mil mulatos livres e mais de 430 mil escravos negros oriundos da África Ocidental.
     Percebendo que estavam em maioria, em 1791, uma mobilização composta por escravos, mulatos e ex-escravos se uniu com o objetivo de dar fim ao domínio exercido pela elite branca que controlava os poderes e instituições políticas do local. Sob a atuação do líder negro Toussaint Louverture, os escravos conseguiram tomar a colônia. Três anos mais tarde, quando a França esteve dominada pelas classes populares, o governo metropolitano decidiu acabar com a escravidão em todas as suas colônias.
     A essa altura, a população de escravos haitiana já havia conquistado a sua liberdade. Contudo, as lutas responsáveis pela consolidação dessa nova realidade estariam longe de chegar ao seu fim. No ano de 1801, Louverture organizou uma nova mobilização que estendeu a liberdade para os escravos da região da ilha colonizada pelos espanhóis, que hoje corresponde à República Dominicana. Nesse período, Napoleão Bonaparte assumia a França e se mostrou contrário a perda desse importante domínio colonial.
     No ano de 1803, Bonaparte enviou um grande exército ao Haiti que, sob o comando de Charles Leclerc, conseguiu deter Louverture. Logo em seguida, o líder revolucionário acabou falecendo em uma prisão francesa. Apesar desse grande revés, os revolucionários haitianos contaram com a liderança de Jacques Dessalines para derrotar as forças do exército francês e, finalmente, proclamar a independência do Haiti. Logo em seguida, Dessalines foi alçado à condição de imperador do novo país.
     Somente no ano de 1806, quando Dessalines foi traído e assassinado, o Haiti passou a adotar o regime republicano. O reconhecimento da independência do país só aconteceu no ano de 1825, quando o governo francês recebeu uma indenização de 150 milhões de francos. Depois disso a notícia da independência no Haiti inspirou a revolta de escravos em diferentes regiões do continente americano.